sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desordem de pensamentos




Hoje acordei precisando de colo, de mimos, e logo em seguida veio uma angustia, uma sensação de estar esperando algo em vão, como se fosse algo errado, mas com uma ponta de esperança de que seja a certa... Sei lá! não encontro termos que expresse melhor, talvez um dia eu aprenda a ser mais clara, expor essas palavras tantas que você expõe tão lindamente, essas palavras que ficam presas na garganta e só saem em forma liquida de meus olhos.
Sabe? Eu deveria estar aprendendo algo com esse novo alguém, já fazem algumas semanas e continuo sendo a mesma menina, aflita, ingênua, medrosa. Tenho tantas feridas expostas ainda, e eu e você achávamos que elas estavam curadas, mas não, elas foram abertas mais profundamente agora que você me deixou. Sem querer eu vou construindo um muro ao meu redor, e por mais que se envolvam comigo eu não consigo me envolver, é um muro que ninguém consegue atravessa-lo, mas você sempre o fez tão facilmente.
Talvez eu tenha nascido para essa vida sem um amor duradouro, talvez eu sirva apenas pra viver de paixão... Talvez o que tenha me atrapalhado de viver foi aqueles seus textos pronto, talvez eu não te conhecesse como eu julgava conhecer tão bem e isso me trazem tantas incertezas no meu presente e como sempre fiz uso das palavras pra criar um novo caminho, ou ao menos penso que assim o faço, talvez eu esteja bem cansada de dar sorrisos falso e aparentar ser forte, fingir que está tudo bem e que alguns anos se esquece em quatro meses... É talvez seja isso. Cansada dessa enorme incógnita que me foi dada, dessa saudade que me foi deixada.
Sei lá, não consigo expressar, falo, escrevo e meu silêncio as vezes grita internamente, apenas observo minha luta diária e tento me entender, vou criando conceitos pras coisas, pessoas, amores... Alimentando essa vontade de ficar só, construindo esse muro, me considerando "livre" e prendendo pessoas sem querer magoa-las, será? No fundo acho que estou me importando comigo mesma, com esses meus medos tolos, vou me fechando pro mundo sempre com um discurso pronto, talvez eu seja essa farsa ambulante que muitos julgam conhecer, alguém que sempre procura novos objetivos para dizer que não se importa e que vive bem e feliz, muito feliz!! Mas logo eu? Alguém que sempre amou demais, amar de menos? e logo aquela pessoa ali? Sentada em minha frente? Um ser tão singelo que apenas me quer ler... Talvez eu esteja nessa dança fingindo saber dançar, vendo a hora tropeçar no salto, talvez eu tenha me "apaixonado" apenas para não sofrer as carências de um amor passado.
Realmente não sei, devo estar esgotada. Falei demais sobre tudo e continuo nada. Talvez precise silenciar enviar uma carta sem nada escrito para o passado, já que não consigo me expressar, deixar que o tempo mostre e fale, talvez tenha escrito isso pra chorar, talvez seja o começo de alguma coisa, ou o fim de outra, talvez sejam apenas hormônios do período menstrual... Ou sei lá!


J.A(Baunilatte)